capítulo 2

Curso Bíblico – Gênesis – aula 5

1 ASSIM os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.
2 E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
3 E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.

NO capitulo 1, no ultimo verso, vemos que Deus diz que : E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

Como eu disse antes,dá-nos a impressão que Deus deu uma ultima avaliada se tudo tinha ficado como Ele quiria, e só então, no dia seguinte, declarou oficialmente como feito.

A palavra descanso em hebraico é shabath.
Descansou Deus no dia sétimo.

Só para entendermos, o descanso (shabath judaico) de hoje é o mesmo lá do Gênesis, começa no pôr do sol da 6ª feira e vai ao pôr do sol de sábado, e é tradicionalmente praticado pelo judeu liberal ou ortodóxico até os dias de hoje.
Lembrem-se do conceito de dia na Bíblia, tarde e manhã, tarde e manhã....o calendário é Lunar, não Solar.

Deve então, que sinceramente deseja agradar a Deus, guardar o Sábado?
O que diz a Bíblia, sobre a Lei de Moisés....Rm 10: 4 Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.

Paulo nos mostra que, como ordenança, ou seja, como um conjunto de ordens, a Lei de Moisés encerrou em Jesus Cristo, que a cumpriu completamente.
Mas o que diz o final do verso 4 de Rm 10? Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Nos dias de hoje, é completamente desnecessário guardar a Lei ou mesmo cumprir a Lei, pois após Jesus tê-la cumprido, todo aquele que Nele crer fica isento de cumprir estas ordens contidas na Lei de Moisés.

Estão na verdade, todos aqueles que creram em Jesus, sujeitos a Lei da consciência, que é muito mais ampla.


A Lei de Mosaica é dividida em 613 leis, somente Deus ,o Criador destas ordenanças poderia cumpri-las todas sem falhas, na pessoa do Filho, encarnado e chamado como homem, Jesus.

Gn 2: 4 Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o SENHOR Deus fez a terra e os céus,

5 E toda a planta do campo que ainda não estava na terra, e toda a erva do campo que ainda não brotava; porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.

6 Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.

Em Gn 1, vimos que Deus diz ter feito no dia terceiro, arvores cuja semente esteja nela e erva cuja semente esteja nela, então em 2: 5 já se trata de semente que não brotava antes de Deus as regar, com o orvalho.

Então podemos especular que nunca havia chovido sobre a terra até o evento do dilúvio.

Se não fosse assim , os homens daquela época teriam crido em Noé e desejariam entrar na Arca para se salvar,no entanto, só Noé e sua família se salvaram por terem crido em Deus.

Gn 2: 7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

8 E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado.

9 E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

A palavra formou, no verso 7, em hebraico é yatsar , e significa espremer numa forma.

77% de todos os elementos químicos presentes na Natureza, estão presentes no corpo humano.

Depois de fazer “o casco” ou seja o corpo,que é 1ª matéria do homem, adulto e perfeito; Ele soprou nas narinas deste homem de carne, ainda inerte e sem vida, o “fôlego de vidas” Isso mesmo, está no plural em hebraico. Isso pode estar indicando que o sopro de Deus produziu uma vida dupla: a vida da alma e a do espírito.

Precisamos reconhecer, porém, que esse espírito não é a própria vida de Deus, pois o “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida. Jó 33:4 ”
A expressão “formou ao homem do pó da terra” refere-se ao corpo do homem.
A frase “e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida” fala do espírito do homem, que veio de Deus. “e o homem passou a ser alma vivente.”
Relata a criação da alma do homem, quando o corpo foi vivificado pelo espírito e ele se tornou um ser vivo e consciente de si.
O homem completo é uma trindade. É composto de espírito, alma e corpo.
Ele foi feito de apenas dois elementos independentes: o corpóreo e o espiritual. Contudo, quando Deus soprou o espírito dentro daquela estrutura de terra , a alma foi gerada. O espírito do homem, em contato com o corpo inanimado, gerou a alma. Adão quer dizer; da terra.
Assim é que, as escrituras, Deus freqüentemente se refere aos homens como “almas”. E por que isso? Porque aquilo que o homem é, depende de como é sua alma. Esta representa e expressa a sua individualidade.
É a sede do livre-arbítrio do homem, o lugar onde o espírito e o corpo se unem de maneira perfeita. Neste aspecto somos semelhantes a Deus, em sermos triunidade de matérias em uma essência humana.
Com relação ao habitat do homem, este seria o mundo, mas Deus o pôs num lugar específico, num jardim plantado no oriente do Éden.
O Éden não era o jardim, mas o jardim estava dentro de uma terra chamada Éden.
Este jardim tinha 2 árvores importantes para nosso estudo; a da vida e a da ciência do bem e do mal.
A da Vida, no meio do jardim; a outra em algum lugar do Jardim. Não guarde isso, e você não entenderá o que vem depois.
10 E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.
11 O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.
12 E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica.
13 E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.
14 E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates.
Um rio da terra de Éden se dividia em 4 rios menores, depois que regava o jardim, sendo que 2 deles são conhecidos hoje: O Tigre, também chamado de Hidequel, e significa rápido; e o Eufrates, que quer dizer frutífero.
15 E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
16 E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
17 Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Uma ordem simples não? Era somente o homem crer que Deus estava dizendo a verdade. E não é esta a falha nos tempos atuais?
Crer é o problema pessoal do homem, estando na perfeição(antes do pecado) ou não.
Lembrem-se que vimos que Deus soprou no corpo do homem o fôlego de vidas ao criá-lo, não esqueçam!
Mas até que ponto a morte é morte? E como saberia Adão, recém criado, que a morte era algo sério ou ruim para ele? Vamos adiante.
18 E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
19 Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes
chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
21 Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
Deus criou o homem para que este homem tenha prazer em estar diante do seu Criador, para servi-lO e exaltá-lO, mas sabe que o homem precisaria de um igual, para que a espécie humana estivesse numa unidade composta de natureza, propósito e existência, se alegrando com a existência e presença um do outro e um com o outro; assim como o é Deus, na Triunidade Divina.
As 3 pessoas da Divindade se alegram umas com as outras. Existem harmoniosamente e amam-se verdadeiramente um ao outro, assim como são amados pelos outros.
Adão deveria se alegrar com a mulher e vice versa. Até aqui ela ainda não recebeu Nome!
Adão era inteligente? Se o Tiranossáuro esquecesse seu Nome recebido, e voltasse pra perguntar a Adão (caso tal conversa fosse possível) depois de nomear milhares de animais, Adão se lembraria?
Sim ,ele se lembraria, pois foi criado perfeito, com capacidade cerebral total, tinha a perfeição em seu ser, portanto a resposta a pergunta lá atrás é ; por observação,percepção e intuição, ele sabia que não deveria desagradar a Deus ,desobedecendo-O.
Hoje, segundo a ciência, o homem no máximo usa 10% de sua capacidade mental e racional.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
24 Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.



No verso 25 é declarada a forma com o homem deve se unir a sua mulher, sairá ele da casa de seus pais e se apegará a sua esposa; e isto foi como que um decreto, talvez o 1º de toda a espécie, em que o pai da espécie (Adão) diz como deve ser isto, a todos os seus descendentes.
E a palavra uma no hebraico aqui, é echad; de novo um dual, ou seja uma unidade familiar composta.
Estava sendo estabelecido que o homem é o cabeça do casal, o sacerdote do lar e sua responsabilidade familiar é primeiramente com sua esposa e depois os filhos.
Por isso que Deus vê no adultério, seja mental ou físico, um ato primeiramente de desamor e também de desobediência onde a união é contaminada com um terceiro elemento, uma forma de contaminação na sua essência(onde o amor existe, no querer e agir) ou natureza(onde há contato direto com outra carne não legitimada).
Jesus tocou neste assunto mostrando aos judeus a razão da Lei, e não “a letra textual” dela.
Com relação a informação de comer ou não da árvore da ciência do bem e do mal, e da conseqüência disto, a mulher:
· não estava lá,
· não ouviu Deus dizer a Adão.
· Como foi criada depois, ela ouviu a informação do marido.


Na próxima aula, cap 3 de Gênesis.

Douglas F. Luz Março 2008